O acordo ortográfico de 1990 parece ter estabelecido uma trégua na já designada “guerra ortográfica dos cem anos” de Portugal com o Brasil, embora entre os defensores e os críticos da reforma a polémica ameace prosseguir.
Durante a Idade Média, predominou, no nosso país, a ortografia de base fonética, ainda que o mesmo som fosse frequentemente representado de formas diferentes.
A partir da segunda metade do século XVI, a Língua portuguesa sofre influência do latim e da cultura grega, graças ao Renascimento e à necessidade de valorização do idioma.
No início do século XIX, o escritor Almeida Garrett defende a simplificação da escrita e critica a ausência de normas que regularizem a ortografia. Até o final do século XIX, cada um escrevia da maneira que achava mais adequada. “ Vivia-se numa espécie de Babel ortográfica, onde todos os critérios eram consentidos: sónicos, etimológicos e estéticos.”, como o afirmam Edite Estrela e Maria Almira Soares.
A seguir à implementação da República, em 1 de setembro de 1911, foi aprovada uma ortografia simplificada da língua portuguesa que procurou privilegiar de novo a pronúncia em detrimento da etimologia, tal como acontecera na Idade Média.
Foi aí então que começou a tal “guerra ortográfica” que se prolongaria até aos nossos dias – o Brasil, que não fora consultado, não aderiu à reforma de 1911, ficando os dois países com ortografias diferentes.
QUAL É O OBJETIVO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO?
O novo acordo ortográfico procura unificar a ortografia da língua portuguesa, que era o único idioma do ocidente com duas grafias oficiais.
Desta forma, as diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal resolveram-se em 98 %. São modificadas 1,6% das palavras do português europeu e 0,5% das palavras do português do Brasil.
Oito países (Angola, Brasil (74% dos 260 milhões de pessoas que falam português), Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal (apenas 3,8 % dos falantes), São Tomé e Príncipe e Timor Leste) têm o português como língua oficial.
A unificação facilitará a circulação de materiais como documentos oficiais, sem que seja necessário fazer uma “ tradução” de material. Além disso, o facto de haver duas grafias oficiais dificulta o estabelecimento do português como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU).
ACORDAR PARA O NOVO ACORDO...
- A língua portuguesa no mundo;
- Historial dos acordos;
- O que muda com o novo acordo?;
- Curiosidades;
- Exercícios de aplicação.
Um guia atualizado, em suporte digital, elaborado pelo professor António Pereira e disponibilizado por ele no seu blog.
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- Exercícios de aplicação.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO, UM GUIA EXPRESSO PARA A MUDANÇA...
Um guia atualizado, em suporte digital, elaborado pelo professor António Pereira e disponibilizado por ele no seu blog.
Conteúdos
- Visita guiada ao interior das novas regras.
- Especial Brasil.
- Informações complementares.
- Como esclarecer dúvidas.
- As 233 grafias para a norma luso-africana.